Minha lista de blogs

domingo, 4 de julho de 2010

Chuva De Veneno


Vários dias se passaram ela sorriu como se fosse o primeiro, ela chorou como se fosse sua primeira lágrima. Mas, ela só vem aqui quando a situação a perturba muito. Quando as coisas fogem do normal. Quando algo dentro dela grita sem parar.
Ele pede para ela ter autoconfiança. São as pessoas ao redor dele que a preocupa, e não ele.
Pessoas ruins são como chuva de veneno. Por mais que você tente escapar nem que seja uma gota vai pegar em você. Ter confiança em algo que não se pode pegar, sentir, ter ao seu lado o tempo que você achar necessário é perturbador.
Ela não sabe como será os próximos dias longe de tudo que ela considera seu. Sei que ela não vai conseguir dormir. Não vai conseguir comer. Não vai pensar em outra coisa a não ser quando ela vai te-lo nos braços outra vez. Se ela conseguir dormir vai ter pesadelos terríveis. Ela vai ter febres continuas. Suas lágrimas serão de sangue. Ela vai gritar sem saber.
Ela vai morrer ao pouquinhos. Ele também vai morrer aos pouquinhos. Morrer de vez para os dois é muito difícil. O corpo deles arde por não poder compartilhar do mesmo lençol, do mesmo ar, da mesma chuva de veneno. Ela implora para que esses dias se passem o mais rápido possível
. As horas não passam. Ela bebe cada gota da chuva. Ela está inundada de lágrimas e veneno.
Por mais que ela fique em pânico ela não o verá até o dia combinado. Ela não o terá em seus braços enquanto ela não sair daquele lugar. Por mais que os dois se amem como a cobra ama seu veneno naquele momento eles não estão juntos. Por mais que ela esteja a ponto de arrancar seu coração com as próprias mãos eles não estão um em frente ao outro.
Eles querem ter um ao outro de todo jeito nem que pra isso tenham que morrer. Até parece um Romeu e Julieta, mas, não é. É um amor pessoal que ninguém pode imaginar. O amor e o ódio andam lado a lado, assim como a vida e a morte, por isso que eles não param de beber essa chuva.
Essa saudade que chega a incomodar. Que vez por outra impedem eles de viver sua vida. Eles apenas sentam e choram por não poderem compartilhar da companhia um do outro.
Essa doce chuva de veneno por um segundo faz cessar essa saudade. Pena que no próximo segundo essa dor volte outra vez para perturba-los. Eles só querem se amar em paz, será que é possível? Quando a noite chega eles choram diante da lua, pedindo para ao menos essa noite passar rápido, já que o sol não atendeu ao seus pedidos.


Um comentário: